Voy a buscar
las semillas que
las cargan a ellas
las voces de las abuelas

Voy a caminar
seguir de cerca las estrellas
que me guían
para escucharlas

Solo voy a bailar
después de la invocación
y si ellas vienen
les preguntaré

Cómo fué su caminar
en la tierra, cuáles fueron
sus sueños y sus
miedos mujer

Solo quiero ver
sus ojos, y que me
transporten a su
tiempo vivir

Barrer el polvo, lamer el polvo, limpiar el polvo
Barrer el polvo, lamer el polvo, limpiar el polvo
Barriendo los secretos
Limpiando trapos sucios con lágrimas. Silencio
El polvo
Que entra y ciega, ellas bailan, ellas pelean, ellas juegan
Que entra y ciega, ellas bailan, ellas pelean, ellas juegan
Que charla
Te veo, me veo, te beso
Te veo, me veo, te beso
Abriendo las puertas de tiempos olvidados, borrados por vergüenza, por ceguera
Déjame ver tus sueños
¡Déjeme ver! tus miedos

Abriendo las puertas de tiempos olvidados, borrados por vergüenza, por ceguera
Déjame ver tus sueños
¡Déjeme ver! tus miedos
Lloro
Deja el tiempo
Yo lo estoy dejando
me voy
construyendo
cargando
dejando
olvidando
plantando
regando
hueco
Entrando
sin fin

I will search 
for the seeds that
carry them
the voices of the grandmothers 

I am going to walk
follow closely
The stars that guide me
to be able to listen to them

I am just going to dance
after the invocation
and if they come
I am going to ask

How was their walk
on the land, which were
their dreams and their
fears, women fears. 

I just want to see
their eyes and let them 
transport me to their
life time 

Sweeping dust, licking dust, dusting dust
Sweeping dust, licking dust, dusting dust
Sweeping away the secrets
Cleaning dirty cloths with tears. Silence.
The dust
Which enters and blinds, they dance, fight, play

Which enters and blinds, they dance, fight, play
What a talk!
I see you, I see myself, I kiss you
I see you, I see myself, I kiss you
Opening the doors of forgotten times, erased by shame, by blindness
Let me see your dreams
Let me see! your fears

Opening the doors of forgotten times, erased by shame, by blindness
Let me see your dreams
Let me see! your fears
I cry
Stop the time
I am leaving
building
carrying
leaving
forgetting
planting
watering
hole
entering 
endlessly

Eu vou procurar
as sementes que
carregam elas
as vocês das vós

Eu vou caminhar
seguir de perto as estrelas
que me guiam
pra escutar elas

Eu só vou dançar
trás a invocação
e se elas virem
eu vou perguntar

Como foi seu caminhar
na terra, quais foram
seus sonhos e seus
medos mulher

Eu só quero ver
seus olhos e que me
transportem ao seu
tempo de viver

Varrendo o pó, lambendo o pó, limpando o pó
Varrendo o pó, lambendo o pó, limpando o pó
Varrendo os segredos
Limpando panos sujos com lágrimas. Silêncio.
O pó
Que entra cega, elas dançam, brigam, brincam
Que entra cega, elas dançam, brigam, brincam
Que papo
Te vejo, me vejo, te beijo
Te vejo, me vejo, te beijo
Abrindo as portas de tempos esquecidos, borrados por vergonha, por cegueira
Me deixa ver seus sonhos
Me deixa ver! seus medos

Abrindo as portas de tempos esquecidos, borrados por vergonha, por cegueira
Me deixa ver seus sonhos
Me deixa ver! seus medos
Choro
Deixa o tempo
Eu to deixando
construindo
levando
deixando
esquecendo
plantando
regando
buraco
Entrar
sem fim

Remendando mis palabras, abrazo
el saber de mi cuerpo, destejer
la homogeneidad, acudo
a las diferencias, el presente.

El presente conjura el pasado
que informa el futuro
Esquivo la trampa, no soy
materia prima, raízes.

Remendando mis palabras abrazo
Destejiendo la homogeneidad acudo
El presente conjura el pasado que informa el futuro
Yo esquivo la trampa no soy materia prima

Raíces tentaculares me llevan a mis ancestros
Tectónicos Tectónicos
Raíces tentaculares me llevan a mis ancestros
Tectónicos Tectónicos Tectónicos

Remendando mis palabras, abrazo
el saber de mi cuerpo, destejer
la homogeneidad, acudo
a las diferencias, el presente.

Esquivo la trampa, no soy
Materia prima
Raizes

Mending my words, I embrace
the knowledge of my body, to unweave
the homogeneity, I turn up
to the differences, the present.

The present conjures the past
that informs the future
I dodge the trap
I am not raw material, roots.

Mending my words, I witness
Unweaving the homogeneity, I attend
The present conjures the past that informs the future
I dodge the trap, I am not raw material

Tentacular roots, they take me to my ancestors
Tectonic ancestors Tectonic ancestors Tentacular roots, they take me to my ancestors
Tectonic Tectonic Tectonic ancestors

Mending my words, I embrace
the knowledge of my body, unweaving
the homogeneity, I turn up
to the differences, the present.

I dodge the trap, I am not
raw material
Roots

Remendando minhas palavras, abraço
o conhecimento do meu corpo, desfazendo
a homogeneidade, eu vou
às diferenças, o presente.

O presente evoca o passado
que informa o futuro
Eu evito a armadilha, não sou
matéria-prima, raízes.

Remendando minhas palavras abraço
Desfazendo a homogeneidade eu acudo
O presente evoca o passado que informa o futuro
Eu esquivo a armadilha, não sou matéria-prima

Raízes tentaculares me levam aos meus ancestrais
Tectônicos Tectônicos
Raízes tentaculares me levam aos meus ancestrais
Tectônicos Tectônicos Tectônicos

Remendando minhas palavras, abraço
o conhecimento do meu corpo, desfazendo
a homogeneidade, eu vou
Às diferenças, o presente.

Eu evito a armadilha, não sou
Matéria prima
Raizes

Ellos mienten y se ríen
de todo lo acumulado
se pasan el día a día
excavando y excavando

Todo lo que han quemado
y lo que han enterrado
para que ya nadie vea
todo lo que han destrozado

Sacan

No nos olvidamos
No nos olvidamos
No nos olvidamos
Nunca olvidamos

Sacan

Ellos borran las memorias
al sacar los viejos huesos
arrebatan las historias
y se llevan lo que sobra

Después ya no sobra nada
ni migajas de aire puro
nos re-venden lo excavado
y nos llaman los domados

Sacan

They lie and laugh
of everything accumulated
they spend day after day
digging and digging

Everything that they have burned
and what they have buried
so that no one sees it
everything they have destroyed

They take out

No, we do not forget
No, we do not forget
No, we do not forget
We never forget

They take out

They take out

They erase the memories
when removing the old bones
they snatch the stories
and they take away what is left

Afterwards there is nothing left over
not even crumbs of fresh air
They resell us what they have excavated
and they call us the tamed ones

They take out

Eles mentem e riem
de tudo o acumulado
eles passam seus dias
escavando e escavando

Tudo o que eles queimaram
e o que eles enterraram
para que ninguém veja
tudo o que eles destruíram

Eles tiram

Nós não esquecemos
Nós não esquecemos
Nós não esquecemos
nós nunca esquecemos

Eles tiram

Eles apagam as memórias
ao remover os ossos velhos
eles arrebatam as histórias
e eles pegam o que sobra

Depois não sobra nada
nem migalhas de ar fresco
Eles nos revendem o que escavaram
e eles nos chamam os domesticados

Eles tiram

¡Nuestro camino fuera del desorden!

Lo que se está rompiendo
Lo ciclico
El poder de la tierra

La turbulencia
La disonancia
El poder localizado

Las voces silenciadas
El desorden
La miseria

El canibalismo
la ceguera

Los desarraigados
Las conformidades

¿Con qué oídos elegimos escuchar?

¿Con qué manos elegimos esculpir?
¡Nuestra salida de este desorden!

Nuestra forma de saber

Our way out of the mess!

What is breaking
the cyclical
the power of the earth

The turbulence
the dissonance
the localized power

The silenced voices
The mess
the misery

The cannibalism
the blindness

The uprooted ones
the conformities

With which ears do we choose to listen?

With which hands do we choose to carve?
our way out of the mess

Our way of knowing

Nosso caminho fora da bagunça!

O que se está quebrando
O ciclico
O poder da terra

A turbulência
A dissonância
O poder localizado

As vozes silenciadas
A bagunça
A miseria

O canibalismo
A cegueira

Os desenraizados
As conformidades

Com que ouvido a gente escolhe ouvir?

Com que mãos escolhemos esculpir?
nosso caminho fora da bagunça!

Nossa maneira de saber

Soy la herida y la medicina
Soy el problema y soy la respuesta
Soy el veneno y el antídoto

Soy la bestia y soy hermosura
Soy liberación y mutilación
Soy oscuridad y soy humildad

Soy conquistada soy conquistadora
Soy conquistada soy conquistadora

Soy la opresión y soy el gemido
Soy la que grita y soy la que escucha

Soy composto cósmico
Soy arena de estrellas

Soy guerra soy maestra
Soy puño soy perdón
Soy guerra soy maestra
Soy puño soy perdón

I am the wound and the medicine
I am the problem and I am the answer
I am the poison and I am the antidote

I am the beast and I am beauty
I am liberation and I am mutilation
I am darkness and I am humility

I am the conquered I am the conqueror
I am the conquered I am the conqueror

I am the oppression and I am the moan
I am the one who screams and I am the one who listens
I am cosmic compost
I am stardust

I am the war I am the teacher
I am the fist I am the forgiveness
I am the war I am the teacher
I am the fist I am the forgiveness

Eu sou a ferida e o remédio
Eu sou o problema e sou a resposta
Eu sou o veneno e o antídoto

Eu sou a fera e sou a bela
Eu sou libertação e mutilação
Eu sou escuridão e sou humildade

Es sou a conquistada e eu sou a conquistadora
Es sou a conquistada e eu sou a conquistadora

Eu sou a opressão e sou o gemido
Sou eu quem grita e sou eu quem ouve
Eu sou composto cósmico
Eu sou areia de estrelas

Eu sou a guerra, sou uma maestra
Eu sou um punho, eu sou o perdão
Eu sou a guerra, sou uma maestra
Eu sou um punho, eu sou o perdão

Todo lo que encarna
Tiene su propia sombra

Libre sin carga
Rechazando captura y ruptura

Una invitación a encontrarse
En el tejido presente
Convirtiéndose en lluvia en barro y silencio

Renazco a través de cien nudos que
duermen entre abismos y grietas
busco lo visionario que me une
A las voces de mis ancestros
comuno con lo invisible
que da la vida
despierto con el asombro
de lo que se ha destejido en mi ver

Todo cuerpo tiene su sombra
libre sin carga en la vida está

All that has been embodied
has its own shadow

Free with no burden
refusing capture and rupture

An invitation to find ourselves
in the fabric of the present
Becoming rain, mud and silence

I reborn through a hundred knots that
are asleep between abysses and cracks
I search for the visionary that binds
the voices of my ancestors
I commune with the invisible
that gives life
I wake up in wonder
Of what has been unwoven in my sight

Every body has its shadow
Free of burden, within the living exists

Tudo o que se incorpora
tem sua própria sombra

Livre, sem carga
Recusando captura e ruptura

Um convite para conhecer
o tecido do presente
Transformando-se em chuva em lama e silêncio

Renasço através de cem nós que
dormem entre abismos e rachaduras
Procuro o visionário que une
para as vozes dos meus antepassados
Comungo com o invisível
que dá vida
Eu acordo com o assombro
do que se desvendou na minha visão

Todo corpo tem sua sombra
livre sem carga, na vida está

Las heridas vienen por los mares.
nos ven
abren cada rincón
nos ven
de pie, abren
tu cielo y el mio

Los mares cuentan las historias
del cielo
abre los portales del mundo
y ven
tu saber
y abre el mío

Wounds come with the seas
they see us
they open every corner
they see us
they stand up and open
your sky and mine

The seas, they tell stories
from the sky
they open the portals of the world
they see
your knowledge
and open mine

As feridas vem por mares
nos vem
elas abrem todos os cantos
nos vem
de pé, abrem
teu céu e o meu

Mares contam as histórias
do céu
abrem os portais do mundo
e vem
o teu saber
abrem o meu

Buscando lugares de poder
Yo desciendo a la tierra

El futuro se abrirá
una oportunidad para cambiar de forma

No estamos en el centro
una mirada a la otredad
una multiplicidad de devenires

Con qué parlamento de voces
¿Tenemos que sentarnos?
para poder practicar
nuestro morir

Seeking places of power
I descend to the soil

The future will come forth
an opportunity to shape-shift

We are not in the center
a glimpse of the otherwise
a multiplicity of becomings

What parliament of voices
Do we need to sit with…?
In order to practice
our dying

Procurando por lugares de poder
eu descendo na terra

O futuro se abrirá
uma chance de mudar de forma

Não estamos no centro
um olhar para a alteridade
uma multiplicidade de devires

Com que parlamento de vozes
Temos que nos sentar?
para poder praticar
nosso morrer

Romper
permitir
sentirse electrificado
respirar
no saber
futurear
enraizar
cambiar
para entrar en lugares subterráneos que se sientan como un hogar

Mundeando encantamientos
escribiendo con nudos
yo conjuro
el cruce de caminos
oráculos
de pasados migrantes, fugitivos, diaspóricos, móviles

Permitir
romper
enraizar
cambiar

Mundeando encantamientos
escribiendo con nudos
Nosotros conjuramos
el cruce de caminos
oráculos
de pasados migrantes, fugitivos, diaspóricos, móviles

To break
To allow
To feel electrified
To breathe
To not know
To future
To root
To change
To enter subterranean places that feel like home

Worlding incantations
writing with knots
I conjure
the crossroads
oracles
of migrant, fugitive, diasporic,
mobile pasts

To allow
To break
To root
To change

Worlding incantations
writing with knots
We conjure
the crossroads
oracles
of migrant, fugitive, diasporic,
mobile pasts

Quebrar
permitir
sentir-se eletrificado
respirar
não saber
futuro
raiz
mudar
para entrar em lugares subterrâneos que se sintam como um lar

Mundeando encantamentos
escrevendo com nós
eu conjuro
A encruzilhada
oráculos
de passados migrantes, fugitivos, diaspóricos e móveis

Permitir
quebrar
raiz
mudar

Mundeando encantamentos
escrevendo com nós
nós invocamos
A encruzilhada
oráculos
de passados migrantes, fugitivos, diaspóricos e móveis